sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ah... os extremos!


Tudo sempre vivido intensamente, sempre a flor da pele. A doação sempre foi inteira e nada nunca teve apenas metade de mim. Ou 8 ou 80, ou quente ou frio, o morno me faz regurgitar.
Não uso meias palavras, não tenho meios sentimentos. Se não me agrada repelir é inevitável e se me agrada grudo feito carrapato.
Vivo nos extremos, vivo dos extremos.
Não gosto de viver na comodidade, na verdade, nem sei se um dia aprendi a viver assim, o cômodo paralisa, estagna e um pouco depois de começar a se viver com ele a rotina é inevitável. Ah e como eu odeio a rotina, tudo sempre do mesmo jeito, na mesma hora, sem espaço pra mudanças, imprevistos ou surpresas. Bom mesmo é o frio na barriga enquanto espera pra saber é ou não, se chega ou não chega. Bom mesmo é sentir a pulsação de cada órgão do seu corpo diante de uma surpresa. Bom mesmo é aventurar-se, juntar os amigos e mesmo sem saber pra onde ir fazer aquela farra que nenhum deles nunca esquecerá. Bom mesmo é inventar, reinventar. Bom mesmo é viver intensamente e no sentido exato da palavra, pra que depois não seja tarde demais pra começar a pensar nisso.
Sempre há algo de bom, sempre fica algo de bom: o cheiro, o gosto, o riso, o abraço...algo de bom. É isso!


[Kika Santos]









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